domingo, 8 de fevereiro de 2009

Dúvida (2008) ou a Primeira Crítica para os Óscares


Filme: "Dúvida", cores, 104 min.
Por: John Patrick Shanley

Um filme que nos prende durante toda a longa-metragem com um único sentimento: a dúvida. Filme deslumbrante com interpretações magníficas e além disso com um grande guião.
O que se destaca principalmente neste filme é o guião. Porquê? perguntam vocês, e eu respondo "porque o filme não nos dá respostas completas de como é que isto aconteceu. É mais construirmos uma visão mental de como a narração se envolve. Vou vos dar um exemplo (que não dá pistas para o filme: sabemos que eu tenho uma bola e fui para casa de um amigo meu e quando volto já não tenho a bola. O que é que aconteceu lá? Não sei. Posso muito bem ter-me esquecido da bola como posso tê-la dado ao meu amigo).
Uma das coisas que achei que o filme captava muito bem era a fotografia. Quando estavamos mais nervosos a fotografia entortava e punha sempre nos sítios mais indicados a fotografia.
Das três principais interpretações eu daria mais valor à da Amy Adams e creio que ela deveria ganhar o Óscar, apesar de só ter visto mais o filme "O Curioso Caso de Benjamin Button" (crítica em breve). O guião não tenho certezas, pois há grandes coisas que eu valorizo no argumento do "Benjamin Button", que é no fim de contas, uma história muito bem contada.

Quatro estrelas - ****

Enredo:
O filme se passa em 1964, um ano depois do assassinato do presidente John F. Kennedy. O episódio significou um momento de crise aos cidadãos norte-americanos, que depositavam fé na figura do líder. No bairro do Bronx (Nova York), o padre Flynn (Philip Seymour Hoffman) aproveita de situações cotidianas – como o próprio crime citado no início deste parágrafo – para desenvolver seus sermões dominicais, acompanhados sempre por uma igreja lotada de fiéis. A dúvida é tema de um sermão, a mesma dúvida que acompanha os personagens do longa-metragem. Nesta mesma congregação, a irmã Aloysius (Meryl Streep) dirige com mão de ferro uma escola de freiras onde a inocente irmã James (Amy Adams) parece detectar uma relação que põe em dúvida as atividades do padre Flynn.

Um comentário:

tia romi disse...

Não percebi a da bola na casa do teu amigo, mas sinceramente já vi metáforas melhor enjorcadas...